Homem solteiro adota 8 filhos por desejo de se tornar pai

Mesmo estando solteiro, este pai buscou a paternidade através da adoção. E gostou tanto que adotou 8 filhos.

Michele Coronetti

Muitas pessoas gostariam de ter filhos, mas infelizmente nem sempre a natureza permite. A adoção é uma maneira buscada depois que todos os outros recursos se esgotam, e nem sempre é bem vista. Na maioria das vezes, os casais buscam crianças recém-nascidas ou com poucos meses, o que é muito difícil de ser conseguido. Os processos de adoção ainda são demorados e burocráticos. Muitos desanimam antes mesmo de iniciar.

E o que dizer de um homem que, mesmo sem um casamento, resolve adotar filhos? Será que a burocracia e o fato de não haver uma mãe permitiriam essa adoção? No caso de Éderson Flávio Ribeiro, morador de uma cidade do interior de São Paulo, ele não conseguiu adotar um, mas oito meninos.

Seu sonho da paternidade não terminou ao não alcançar um matrimônio. Mesmo ouvindo alguns nãos e respostas preconceituosas como: “Primeiro você deve se casar para depois adotar”, ele não desistiu e continuou visitando orfanatos e abrigos. Por fim, conseguiu adotar seu primeiro filho, com 13 anos, enfrentando todo o processo burocrático. O tempo foi passando e a família foi crescendo. Cada história de adoção é emocionante.

Seu relato foi publicado recentemente e mostra que o desejo da paternidade pode vencer muitas barreiras, tanto burocráticas quanto sociais. Éderson continua solteiro, mas vive feliz com sua família. Os desafios financeiros fizeram parte da trajetória e sacrifícios foram feitos para que os meninos pudessem estudar e estar preparados para o futuro.

O processo de adoção tem vários passos e pode demorar bastante tempo até que a justiça permita que os pequenos possam ficar definitivamente no lar escolhido. Os principais são:

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  1. Buscar a informação nos grupos de apoio à adoção e vara da infância mais próxima é o primeiro passo

  2. Documentos como RG, CPF e antecedentes criminais serão requeridos para o preenchimento de um formulário na Vara da Infância. Todos serão importantes para garantir a segurança das crianças. Assinaturas de terceiros e reconhecimentos em cartórios farão parte deste processo.

  3. A frequência a um grupo de apoio a adoção é exigida tanto para solteiros quanto para casais. Ambos devem participar.

  4. Visitas serão realizadas para conhecer e avaliar o ambiente familiar e todas as pessoas que serão do convívio da criança, inclusive através de entrevistas.

  5. Uma avaliação psicológica por um profissional será realizada para os futuros pais e mães.

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  6. Um juiz autorizará a inclusão dos futuros pais no Cadastro Nacional de Adoção.

  7. A Vara da Infância entrará em contato para apresentar as crianças disponíveis dentro do perfil solicitado.

  8. Atenção: Três recusas consecutivas para conhecer a criança (mesmo que por motivos inadiáveis e importantes) poderá levar o casal ou indivíduo a serem inabilitados.

  9. Depois de conhecer a criança, a nova família pode usufruir da convivência e solicitar a guarda provisória por 180 dias ou mais.

  10. A equipe da Vara da Infância avaliará as condições familiares e a adaptação de todos. Psicólogos também serão inseridos neste momento.

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Ao final do processo um juiz autorizará a adoção legal. Para quem sonha com uma família, mas encontra empecilhos, a adoção é uma forma de contribuir muito positivamente com a sociedade, proporcionando um lar para estas crianças e adolescentes. A convivência familiar é fundamental para um bom desenvolvimento destes jovens. Como muitas mães adotivas falam, o amor não precisa começar por uma barriga, ele primeiro se forma no coração.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.