O transtorno borderline é mais comum em mulheres. Veja os 5 sintomas

Relacionamentos podem ser extremamente difíceis para quem possui o transtorno borderline.

Michele Coronetti

O transtorno borderline ou transtorno de personalidade limítrofe (TPL) afeta grandemente o equilíbrio emocional da pessoa e acaba atrapalhando diretamente em setores como o trabalho e relacionamentos. Ele é caracterizado por instabilidade emocional e também afeta a autoimagem. Pode ser desenvolvida por fatores genéticos e também ambientais.

Muito comum em mulheres, a doença atinge 1,6% da população total, sendo que 75% deste número são do sexo feminino.

Sintomas característicos incluem:

1. Instabilidade emocional

Episódios de angústia, medo, inquietude e ansiedade muitas vezes independentes de qualquer acontecimento. O sentimento na maioria das vezes é de vazio interno.

2. Medo do abandono

Borderlines sentem que poderão ser abandonados pelos familiares e amigos a qualquer momento, simplesmente porque ele não os merece. Isso causa um medo muito grande e o semblante entristecido. O abandono preeminente revela em seu íntimo que são seres ruins, nem sempre correspondendo a realidade. Qualquer episódio de cancelamento de compromisso ou fim de relacionamento causará raiva inadequada. Os relacionamentos se tornam conturbados, repletos de discussões e instabilidades devido a essa insegurança.

3. Impulsividade

O pensamento dos borderlines é capaz de alterar seu humor em segundos e acessos de raiva são muito comuns. Eles costumam entediar facilmente e ser sarcásticos.

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4. Compulsões

Nos momentos de grande sofrimento emocional, borderlines podem usar a dor física para seu alívio, buscando oportunidades perigosas (lutas e esportes radicais) ou até mesmo mutilando a si mesmo. Para familiares e amigos é importante estar atento a fim de ajudar, pois estes momentos costumam ser de grande dor emocional e se não tratados podem levar a complicações como vícios e até suicídio. Outras compulsões podem se manifestar também que normalmente causam riscos de vida.

5. Relacionamentos conturbados

Paixões repentinas e apego rápido é um outro sintoma. Quando a pessoa desconversa e demonstra desinteresse, gatilhos como ciúme, culpa, desvalorização e raiva aparecem, complicando o relacionamento. Difícil de ser compreendido, o borderline acaba entrando em relacionamentos abusivos e piorando ainda mais sua autoestima.

Testes laboratoriais podem indicar com maior precisão se a pessoa é portadora do transtorno borderline. Ele ocorre na fase adulta e quando tratado adequadamente deixa de se manifestar conforme o amadurecimento acontece, permitindo a seu portador viver uma vida afetiva normal depois dos 30 anos.

O tratamento pode incluir terapia e medicação e se mostra efetivo, especialmente na prevenção da automutilação e suicídio. A presença de um especialista para o diagnóstico e tratamento é fundamental, pois outros quadros podem camuflar o transtorno ou ainda ser confundido com outras situações.

Para aqueles que convivem com borderlines a dica é ter muita paciência e empatia para não prejudicar ainda mais o quadro. Incentivos de atividades prazerosas e amizade verdadeira são fundamentais. Em crises de raiva, manter a calma e suportar os comentários pejorativos ajudarão a não complicar ainda mais os relacionamentos. Sinais de comportamento autodestrutivo podem requerer urgência na busca de auxílio profissional. Fazer terapia também será ótimo, pois ajudará na autoestima e em saber como lidar com o borderline.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.