Uma convulsão pode ter causado a queda e morte do filho do técnico Abel Braga pela janela do apartamento

Veja, também, o que causa CRISES convulsivas, quais as situações de RISCO e outras informações importantes.

Erika Strassburger

Um acidente fatal, ocorrido no último sábado, deixou de luto a família de Abel Braga, atual técnico do Fluminense. Por volta do meio dia, seu filho caçula, João Pedro Braga, de 18 anos, estava tomando banho e acabou caindo da janela panorâmica do banheiro no estacionamento do prédio. O apartamento fica no Bairro Leblon, no Rio de Janeiro.

Real heroes don't wear capes

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Segundo o site Extra Globo, há suspeitas de que ele tenha tido uma convulsão antes de cair, pois o rapaz vinha tendo crises convulsivas. A família informou que ele estava sendo medicado. O delegado que está cuidando do caso, Edézio Ramos, informou à Veja que, embora João Pedro tivesse uma doença que causava convulsões, ainda não é possível determinar que esta tenha sido a causa do acidente. É preciso aguardar até conclusão do inquérito, que acontecerá dentro de 30 dias.

Sometimes you just need to disconnect

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Ainda que a causa da queda não tenha sido confirmada, é importante conhecer, pelo menos um pouco, sobre o que causa crises convulsivas e como lidar com o problema. Abaixo estão estas e outras informações importantes.

O que são convulsões e de que forma elas afetam o corpo?

Primeiramente, convulsão e epilepsia não são a mesma coisa. Uma crise convulsiva acontece por conta de uma atividade elétrica anormal no cérebro que pode ser causada por vários fatores diferentes, e a epilepsia é apenas um deles.

Segundo o doutor Dráuzio Varella, em alguns casos, a crise é bem rápida e a pessoa não chega a perder a consciência, apenas fica com o olhar distante. Após 10 segundos, ela começa a apresentar movimentos automáticos, como piscar de olhos e tremor de lábios. Durante crises rápidas, muitas vezes ninguém percebe que ocorreu uma convulsão.

Em convulsões tônico-clônicas, há perda súbita de consciência durante alguns minutos. Segundo o doutor Dráuzio, “na fase tônica, todos os músculos dos braços, pernas e tronco ficam endurecidos, contraídos e estendidos e a face adquire coloração azulada. Em seguida, a pessoa entra na fase clônica e começa a sofrer contrações rítmicas, repetitivas e incontroláveis. Em ambas as situações, a saliva pode ser abundante e ficar espumosa. Mordida pelos dentes, a língua pode sangrar.”

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O que causa essas crises?

  • Falta de oxigenação no cérebro.

  • Febre alta em crianças abaixo de 5 anos.

  • Doenças como epilepsia, meningites, tétano etc.

  • Tumores no cérebro.

  • Traumas cranianos.

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  • Efeito colateral de alguns medicamentos.

  • Abstinências depois do uso prolongado de algumas drogas e álcool.

  • Diabetes, hipoglicemia e outros distúrbios metabólicos.

Em alguns casos, não é possível identificar sua causa.

O que fazer para ajudar uma pessoa que está tendo uma convulsão?

  • Na medida do possível, deitar a pessoa de lado para que ela não se engasgue com a saliva.

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  • Remover móveis ou objetos que podem machucá-la.

  • Afrouxar suas roupas.

  • Manter seu queixo para cima para que ela consiga respirar melhor.

  • Não tentar puxar sua língua.

  • Chamar a ambulância ou leva-la à emergência assim que a crise acabar.

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Quais cuidados que uma pessoa que tem crises convulsivas deve ter?

Se a pessoa foi diagnosticada com uma doença que leva a crises frequentes ou, mesmo, esporádicas, alguns cuidados são cruciais, pois poderão preservar sua vida (e até mesmo a vida de outras pessoas).

1. Não dirigir

Em casos como epilepsia, as crises são imprevisíveis. Se acontecer enquanto a pessoa está dirigindo, um acidente grave com várias vítimas pode facilmente acontecer.

2. Não beber

O álcool por si só já desencadeia convulsão em algumas doenças, além de impedir que os medicamentos que ela toma façam efeito.

3. Evitar ambientes perigosos, principalmente quando se está sozinho

Lugares altos de onde se pode cair; piscinas, lagos e outros lugares fundos.

4. Evitar esportes radicais

É importante levar em consideração os riscos de uma crise durante a prática esportiva. Então pode ser muito perigoso praticar esportes radicais como paraquedismo, mergulho submarino, escalada, entre outros.

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5. Evitar determinadas atividades profissionais

Ainda que o paciente esteja controlando suas crises convulsivas com medicamentos, é importante evitar atividades que possam colocar sua vida e a de outras pessoas em risco – como, por exemplo, operar máquinas pesadas ou dirigir caminhão ou ônibus, caso aconteçam convulsões esporádicas.

Os artigos abaixo fornecem mais informações

Leia: Primeiros socorros: Como agir quando uma pessoa tem uma convulsão

Leia: 4 coisas que você nunca deve fazer a alguém tendo uma convulsão

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.