Namorada posta último vídeo de Marcelo Rezende: ‘Aguenta firme e vai orando’

Veja os exemplos de fé e otimismo do apresentador em seus últimos dias de vida, e conheça mais sobre a doença que o levou.

Erika Strassburger

Desde maio deste ano, o apresentador Marcelo Rezende vinha travando provavelmente a maior batalha da sua vida, a luta contra o câncer de pâncreas – um tipo muito agressivo da doença que, segundo o Instituto Nacional de Câncer, representa 2% de todos os tipos de cânceres.

Muito querido pelos brasileiros, e dono de um dos bordões mais conhecidos, que era marca registrada do apresentador – o “Corta pra mim” – Marcelo Rezende adorava interagir com os fãs nas redes sociais. Ele frequentemente compartilhava vídeos, fotos e mensagens no Facebook e no Instagram. Fazia lives dos bastidores do programa Cidade Alerta, postava vídeos de aeroporto, dançando em festa de casamento e fazendo graça. Sempre muito hilários, seus vídeos eram muito aguardados pelos fãs.

Mas, compreensivelmente, seus últimos vídeos passaram a ter um tom mais sério, porém, não menos positivo

No dia 8 de maio, ele gravou uma entrevista para o programa Domingo Espetacular – poucas horas antes de ser internado – que foi ao ar no dia 14, revelando que estava com a doença. Três dias depois, postou este vídeo contando que tinha feito um “retiro espiritual” de 7 dias para reflexões sobre a vida e para se aproximar mais de Deus. Ele agradeceu pelo apoio que recebeu e pelas orações em seu favor.

Esta é a minha companheira de toda a vida. Não é um AMOR de agora. É a palavra de DEUS , que nos pede AMOR, OBEDIÊNCIA e DISCIPLINA ??

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Em agosto, Marcelo compartilhou outro vídeo fazendo um relato breve do seu estado de saúde: “Tem horas que estou bem, tem horas que estou mal. Mas, quando estou mal, coloco minha cabeça em Deus”. Em outro vídeo, publicado no início de setembro, ele disse: “O câncer que eu tenho tem altos e baixos, é como uma montanha-russa: tem horas que estou em cima, tem horas que estou em baixo. Mas o importante é que estou firme, e estar firme é aqui (aponta para a cabeça), onde a mente funciona”.

Nestes vídeos, assim como na maioria das coisas que vinha postando ultimamente, ele demonstrava incrível esperança, fazia questão de ressaltar sua confiança em Deus e em Seu poder para curá-lo.

Mas, sabemos que existem outros tipos de cura além da física e embora o apresentador não tenha conseguido vencer a luta contra o câncer, ele terá muitas razões para se alegrar do outro lado, onde agora está. Ele faleceu no último sábado, dia 16, aos 65 anos.

Os filhos lembrarão dele para sempre como um herói e agradecem os fãs e amigos por tanto amor. ❤️

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No dia 18, Luciana Lacerda, namorada do apresentador, postou o último vídeo que o apresentador fez para ela. Perceba o nível de seu otimismo e sua preocupação em tranquilizá-la.

Na legenda do vídeo, que foi postado no Instagram, Luciana escreveu: “Oi amor. Ter vivido ao seu lado, para mim foi a maior declaração de amor. Ter cuidado de você foi cuidar de mim, ter vivido esses meses juntos foi algo que a vida me deu e que para sempre eu vou levar. A vida nos prega cada peça, não? Mas realmente conhecer você foi algo tão além da palavra amor, que a mim só cabe dizer a Deus o meu eterno obrigado. Tudo aquilo que você me pediu eu fiz e faria tudo de novo outra vez.”

Conheça os tipos de tumores de pâncreas que existem e seus respectivos sinais e sintomas

Os tumores malignos no pâncreas são classificados como exócrinos e endócrinos (ou neuroendócrino). Segundo o portal Oncoguia, “as células exócrinas e as endócrinas do pâncreas formam tipos completamente diferentes de tumores”, por isso é fundamental identificar o tipo correto, pois “eles têm fatores de risco e causas distintos, diferentes sinais e sintomas, são diagnosticados por meio de exames diferentes, são tratados de forma diferente e têm diferentes prognósticos.”

Tumores Exócrinos

O mais comum deles é o Adenocarcinoma pancreático (ocorre em 85% dos casos), seguido pelo carcinoma de células acinaresmas. Ainda há outros tipos de tumores exócrinos, porém, mais raros, como o cistoadenocarcinoma, o pancreatoblastomas, entre outros. Seus sintomas são:

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  • Icterícia (pele e fundo dos olhos amarelados).

  • Dores abdominais e nas costas.

  • Falta de apetite que culmina em perda de peso.

  • Dificuldade de digestão.

  • Fezes de cor clara.

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  • Náuseas e vômitos.

  • Dores abdominais mais fortes após as refeições.

  • Coágulos sanguíneos na perna (às vezes).

  • Diabetes (raramente).

  • Urina de cor escura (às vezes).

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  • Coceira na pele (em caso de icterícia).

  • A camada de gordura embaixo da pele pode ficar irregular.

Tumores Neuroendócrino

Apenas 4% dos tumores de pâncreas são endócrinos. Eles são classificados como tumores funcionais, não funcionais e carcinoides. Veja os sintomas mais comuns de cada um deles:

  • Gastrinomas – produzem excesso do hormônio gastrina. Causam úlceras, dor estomacal, náuseas, perda de apetite, falta de ar, anemia, diarreia e perda de peso.

  • Glucagonomas – produzem excesso do hormônio glucagon. Causam elevação do nível de açúcar no sangue, podendo desencadear diabetes. Causam, também, diarreia, perda de peso, desnutrição, erupções avermelhadas na pele que provocam inflamação e se alastram pela pele.

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  • Insulinomas – produzem excesso de insulina. Causam uma redução nos níveis de glicose no sangue, fraqueza, sudorese, taquicardia, confusão. Quando a quantidade de açúcar no sangue é muito baixa, pode provocar convulsões e até mesmo o coma.

  • Somatostatinomas – produzem somatostatina, que ajuda a regular outros hormônios. Causam problemas na vesícula, que geram dores abdominais, náuseas, perda do apetite e icterícia; diabetes e diarreia.

  • VIPomas – produzem peptídeo intestinal vasoativo, substância que, em quantidade muito alta, pode causar diarreia e baixos níveis de potássio no sangue, inclusive queda nos níveis de ácido estomacal e elevação nos níveis de glicose no sangue.

  • Ppomas – produzem polipeptídeo pancreático, substância que causa dor abdominal, diarreia e aumento no volume do fígado.

  • Tumores Carcinoides – produzem serotonina ou seu precursor da 5-HTP, que chegam primeiro ao fígado. Segundo artigo do Oncoguia, “O fígado decompõe estas substâncias antes que possam atingir o resto do corpo e causar problemas. É possível que por essa razão os tumores carcinoides não apresentem sintomas senão até que estão disseminados fora do pâncreas. A disseminação é mais frequente ao fígado. Quando isso acontece, os hormônios podem ser liberados diretamente no sangue, causando a chamada síndrome carcinoide, com sintomas que podem incluir rubor, diarreia, respiração ofegante e aumento da frequência cardíaca.”

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  • Tumores não Funcionais – não produzem hormônios, por essa razão, não causam sintomas nos estágios iniciais. Eles começam a provocar problemas à medida que crescem ou se espalham para outros órgãos. Os sintomas são similares aos de cânceres de pâncreas exócrino.

  • Metástases – Quando o tumor neuroendócrino se alastra, geralmente é para o fígado, e provoca um aumento do tamanho desse órgão. Seus sintomas são dor, falta de apetite e icterícia. Os exames de sangue ficam alterados. Quando se alastram para os pulmões, geram problemas respiratórios e tosse. Podem se alastrar também para os ossos, gerando dor óssea.

Segundo o Oncoguia, a maioria dos tumores neuroendócrinos Insulinomas e VIPomassão benignos.

Veja algumas maneiras de prevenir vários tipos de câncer

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.