7 situações em que um parto normal pode ser revertido em cesárea

Nem sempre o parto normal evolui conforme o planejado. Por isso um bom profissional é tão importante!

Michele Coronetti

Muitas gestantes sonham em realizar seu parto de maneira mais natural, evitando uma cirurgia e mantendo um contato maior com familiares e o bebê durante o nascimento. Mas nem sempre isso é possível.

Segundo obstetras, mesmo que a mãe deseje um parto normal e se prepare para isso, e ainda que as condições avaliadas durante o pré-natal sejam muito favoráveis, algumas coisas podem acontecer que vão reverter o parto vaginal para uma cesárea. E apesar de representar decepção para a gestante, o pensamento ideal seria o de gratidão pelo conhecimento do profissional e pela capacidade de tomar a melhor decisão na hora necessária.

As condições mais comuns para que isso aconteça incluem:

1. Sofrimento fetal

É muito comum ouvir esse termo do obstetra ou da equipe. Não é apenas a mãe que sofre dores fortes durante um parto. O bebê precisa suportar as contrações uterinas que fazem parte do momento e a pressão pode ser muito forte em seu cérebro. Quando isso estiver acontecendo, o obstetra pode optar por realizar uma cesárea para evitar sequelas no bebê que sofre com a falta de oxigenação podendo evoluir para uma paralisia cerebral.

2. Contrações ineficientes

Especialmente para as mamães de primeira viagem, mesmo que tudo indique que um parto normal será possível, pode acontecer de as contrações não serem boas o suficiente para que o parto vaginal aconteça. Nesse caso, mesmo depois de horas com dores, mas sem evolução positiva, a cesárea pode ser a opção para uma rápida retirada do bebê, evitando consequências desastrosas para ambos.

Advertisement

3. Medicação incorreta

Algumas vezes as doses de ocitocina, hormônio que ajuda na aceleração das contrações, acabam complicando ao invés de ajudar no parto. Quando a ministração do medicamento é superior ao necessário, o organismo reage de forma negativa, com contrações acima do suportável para a mãe e o bebê. O parto normal então acaba não ocorrendo como esperado e a opção pela cirurgia será o mais indicado.

4. Excesso de anestesia

Doses erradas da anestesia, que deveriam apenas aliviar a dor extrema e ajudar a parturiente a realizar o parto com sucesso, também atrapalham. Quando é muito forte, a mãe perde o controle de suas pernas e não consegue realizar a força necessária para que o bebê nasça. Só uma cesárea para ajudar o bebê a nascer nestes casos.

5. Problemas com passagem

Às vezes a cabeça do bebê é muito grande e a mãe não consegue dilatar o suficiente para a passagem dele. Essa situação não pode ser prevista, especialmente no primeiro parto e mesmo depois de horas de contrações, uma cesárea terá que ser realizada. O risco de morte de ambos caso não existisse a cirurgia seria muito grande.

6. Posição do bebê

Há raras ocasiões em que o bebê vai para o canal de saída com a cabeça fora do ângulo adequado. O parto normal se torna inviável nessa situação.

7. Descolamento de placenta

Riscos de morte para a mãe e o bebê podem ser representados por situações graves como essa. O sangramento é um sintoma do descolamento de placenta e mesmo que a mãe esteja tendo as contrações efetivas e dilatação a contento, uma cesárea de emergência será realizada a fim de evitar danos maiores ao bebê e risco de morte para ambos.

Advertisement

O preparo para o parto, psicológico e físico, ajudará a entender que situações adversas podem ocorrer e que a intervenção do obstetra será necessária e poderá ser a melhor escolha para manter a integridade da mãe e do bebê.

Toma un momento para compartir ...

Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.