4 maneiras de evitar infecções fatais
Algumas infecções são graves e podem até matar, saiba como evitá-las e proteger você e a sua família.
Stael Ferreira Pedrosa
Infecções têm sido um problema que atormenta a humanidade desde que esta surgiu na terra. Já somos velhos combatentes. Algumas infecções já venceram batalhas e chegaram a matar milhões de pessoas, como foi o caso da peste negra que matou um número estimado em 75 milhões de pessoas durante a idade média na Europa.
Muitas vezes somos os ganhadores em outras batalhas, além do sistema imunológico que cria anticorpos após o contato (e claro, ter sobrevivido) com alguns microrganismos, o ser humano aprendeu sobre higiene, criou as vacinas e descobriu os antibióticos.
Antes que nos vangloriemos de tal feito, voltemos nossos olhos para o passado recente, onde bactérias e vírus mortais têm desafiado nossa capacidade de adaptação. Vírus como HIV, Ebola, H1N1, H5N1, Dengue entre outros, têm nos colocado em alerta.
A maior dificuldade em se tratar vírus é o fato de não haver remédio que os mate. Contra vírus apenas prevenção, imunização e tratamento dos sintomas.
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Já as nossas colegas de planeta chamadas genericamente de bactérias, estas sim, podem ser combatidas com medicamentos – os antibióticos. O problema é quando elas adquirem superpoderes e se tornam superbactérias. Pesquisas estimam que até 2050, 10 milhões de pessoas deverão morrer por ano apenas devido a infecções desse tipo. Recentemente uma mutação da bactéria E. Coli uma moradora comum dos intestinos humanos, causou um surto na Europa, levando diversas pessoas à morte.
O que podemos fazer para evitar?
Não muito, segundo Keiji Fukuda, subdiretor geral da OMS para a segurança alimentar, “o mundo prossegue para uma era pós-antibióticos, na qual infecções correntes e feridas menores, que durante décadas eram curadas com facilidade, podem voltar a matar”.
E ainda segundo Fukuda, os sistemas de saúde são os responsáveis por prevenir melhor as infecções, e mudar a forma de produção, prescrição e uso de antibióticos, para evitar consequências devastadoras.
Mas, ainda tem algumas coisas que podemos fazer para evitar a contaminação por infecções letais:
1. Higiene no lar
A limpeza da casa, além da higienização de banheiros e cozinha, deve incluir a limpeza com álcool de celulares, teclados de computadores e outras superfícies que são mais tocadas pelos membros da família, como interruptores, controles remotos, telefones fixos.
Já se provou que essas superfícies são altamente contaminadas. Um celular pode ter mais germes que um vaso sanitário. Limpando-as você estará evitando Staphylococcus, que costuma estar envolvida em reações inflamatórias, e a Enterococcus. Ambas podem ser fatais. Lave as mãos após o contato com tais superfícies.
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2. Higiene das mãos
Segundo o biomédico Roberto Figueiredo, mais conhecido como “Dr. Bactéria”, mais de 80% das infecções podem ser evitadas lavando-se as mãos.
Não é necessário comprar produtos antissépticos para tal. A velha e boa dupla água e sabão e uma boa esfregação das palmas, costas e entre os dedos das mãos, é suficiente. O álcool em gel pode ser usado, mas sempre após lavar as mãos. Lave-as ao chegar da rua, antes de manusear alimentos, após usar o banheiro, trocar fraldas, usar o computador, brincar com um animal ou cuidar de alguém doente. Caso você esteja doente, depois de assoar o nariz, espirrar, etc. Mantenha as unhas limpas e curtas.
3. Higiene dos alimentos
Além de lavar frutas, verduras, legumes, deve-se utilizar água de boa procedência, instrumentos (facas, vasilhames, etc.) também higienizados, e claro, o ambiente da cozinha também deve ser limpo e livre de contaminações. Os vegetais devem ser mergulhados em uma solução clorada (pode ser com água sanitária – 1 colher de sopa para 1 litro de água) por meia hora, em seguida enxaguados. Carnes cruas devem ser manuseadas com cuidado e bem higienizadas – inclusive a superfície onde são cortadas e devem ser ingeridas cozidas. Descongele apenas a porção que será utilizada. Não descongele e congele novamente.
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4. Imunização
Atualmente este é um tema controverso. A vacinação que consiste na introdução de um microrganismo atenuado no organismo, para que este produza anticorpos e possa defender-se contra o vírus ativo, tem sido vista com desconfiança atualmente.
A maioria dos médicos apoia a vacinação, uma parte gostaria de ver diminuída a quantidade de vacinas aplicadas aos recém-nascidos e já outros são totalmente contrários à vacinação e se baseiam em sintomas apresentados pelas crianças após vacinação como autismo e alergias.
No meio da polêmica, ficam os pais que não sabem a quem seguir. Porém, a vacina no Brasil é obrigatória e regulada por legislação federal (o decreto 78.231, de 12 de agosto de 1976) que dispensa a vacinação apenas à pessoa que apresentar um atestado médico de contraindicação explícita da aplicação da vacina.
Como regra geral pode-se dizer que higiene adequada, uma vida saudável longe de substâncias tóxicas e boa alimentação são essenciais para se evitar a maioria das infecções.