A melhor maneira de parar de amamentar seu bebê sem drama
Aprenda como interromper a amamentação de forma suave e gradativa, sem traumas para o bebê e sem estresse para a mãe.
Marilia de Andrade Conde Aguilar
Os benefícios físicos e emocionais da amamentação são cientificamente comprovados. A Organização Mundial de Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida e a continuação da amamentação até os 2 anos de idade.
Mesmo com todas as dificuldades iniciais da amamentação, minha experiência em relação à amamentação foi maravilhosa! Foi um período de muito cansaço, mas também de muita entrega e amor.
Acho que a primeira grande lição que eu tive com a maternidade foi que nem sempre as coisas acontecem do jeito que nós planejamos e que definitivamente não existe uma fórmula que irá solucionar todos os desafios da maternidade.
Amamentar é uma bênção e um grande desafio, assim como decidir o momento de parar de amamentar também.
Vou compartilhar minhas experiências (meus fracassos e sucessos) sobre esse tema não como a dona da verdade, mas como uma amiga, na esperança de que possam lhe ajudar a encontrar por si mesma o melhor caminho no processo do desmame.
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1. Parada radical
Minha primeira gestação foi aguardada, eu me preparei para o parto e realmente estava disposta a amamentar minha bebê até os 2 anos de idade.
Quando ela completou 1 ano e meio, eu estava exausta. Ela sempre teve um sono agitado e chegava a acordar 9 vezes por noite para mamar.
Tentei tirar a amamentação de uma vez, explicando para ela que o “mamá da mamãe tinha acabado”.
Ela transitou de uma fase muito triste (era visível no rostinho dela o sentimento de estar sendo rejeitada) para uma fase até agressiva. Não levei o desmame adiante nessa época e resolvi esperar um pouco mais.
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2. Parada gradativa
Como uma fase de transição, limitei às mamadas somente a quando estávamos em casa. Em qualquer outro lugar, ela usava a mamadeira ou o copinho.
Posteriormente, passei a não oferecer mais o peito, mas não recusava quando ela pedia. Isso já diminuiu muito a quantidade das mamadas. E seguimos dessa forma por quase mais 6 meses.
3. Do berço para a cama
Quando minha filhinha estava prestes a completar 2 anos, decidimos que já era hora dela passar do berço para a caminha.
Comprei uma colcha bonita, arrumamos os brinquedinhos dela em cima da cama e comemoramos o fato dela estar ficando uma menina grande.
Cumprimos nossa rotininha da hora de dormir, que inclui cantar, contar historinhas e orar juntos. Ela estava tão empolgada com a cama nova que dormiu sem pedir para mamar naquela noite. E o mesmo aconteceu da segunda noite em diante.
Assim, se passou uma semana sem que ela lembrasse de pedir para mamar.
Após o término dessa primeira semana, em uma determinada noite ela disse, como quem lembra de algo superimportante “Mãe! E o mamá?” Eu respondi com muita tranquilidade “Ah, filha… O mamá acabou.”
Mas dessa vez ela não ficou triste, nem se sentindo rejeitada. Foi muito suave e tranquilo.
Ainda acho que amamentação prolongada vale muito a pena. Mas acredito que ela deve ser levada adiante somente enquanto ainda estiver trazendo benefícios para a relação da mãe e do bebê.
Algumas vezes a mãe quer parar e o bebê quer continuar. Outras é a mãe quem quer continuar a amamentar e o bebê é quem não quer mais (como aconteceu com os meus gêmeos).
Cabe a nós analisar a situação com serenidade e exercer a virtude da paciência, seja para continuar um pouco mais ou para respeitar o bebê que quer parar.
Espero de coração que minha experiência tenha sido útil para você.
E, se eu pudesse dar um último conselho, seria: confie em você mesma! Confie em sua sensibilidade de mãe e em sua capacidade de fazer o melhor pelo seu filho.
Lembre-se que nem sempre as coisas sairão como planejado (especialmente em relação à amamentação), mas você, como mãe, tem a capacidade de encontrar a melhor solução para seus desafios e de ter a ajuda de Deus nessa missão sagrada.
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