A verdade nua e crua sobre comer batatas fritas
Até você batatinha? Parece que nem as batatinhas fritas se salvaram para quem quer uma dieta saudável.
Caroline Canazart
Não está fácil nem para a porção de batatas fritas. Uma das comidas prediletas dos brasileiros, e a mais famosa de restaurantes e fast-foods por todo o mundo não é a mais saudável para comer. Claro que já dava para imaginar que algo frito com uma quantidade considerável de óleo não seria bom para o corpo.
Mas a fritura é só o começo da história
Um dos principais inimigos da batatinha frita é a acrilamida, uma substância que se forma quando o alimento é colocado em altas temperaturas. Ela é cancerígena, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com o órgão, ratos desenvolveram câncer depois de terem a acrilamida administrada em seu organismo. No ser humano nada foi provado, porém, é regra que substâncias que causam câncer em animais serem potencialmente perigosas para humanos. Dessa forma, o primeiro alerta já está aceso.
Como a acrilamida se forma?
A substância foi observada em alimentos ricos em amido, como as batatas. Quando ela entra em contato com o óleo quente, com temperatura acima de 120 graus, há um aumento significativo de quantidade. Porém, a 100 graus, a formação da acrilamida é bem menor.
Acredite, temperaturas muito baixas também não ajudam em nada. De acordo com a Anvisa, abaixo de 10 graus há uma formação maior de açúcares redutores na batata. E essa substância que, quando quente, associada a asparagina (aminoácido) produz a acrilamida. Conclusão: não guarde batatas na geladeira.
O que fazer para comer uma batata mais segura?
Ela não deve ser assada ou frita por muito tempo e também não deve ficar escura. Outro medida é mergulhar as batatas em vinagre por um tempo para reduzir a acrilamida no alimento. Utilizar óleo de oliva aqui também não é recomendado.
Segundo estudos, a acrilamida foi observada em maior quantidade quando a batata foi frita com esse óleo. Nessa situação, o óleo de milho é mais seguro.
E aquela batatinha do meu restaurante favorito?
As notícias não são boas. Se a batata feita em casa já tem todo esse problema, imagina as dos fast-food? Além da acrilamida tem todos os outros conservantes que deixam o alimento ainda mais rico em substâncias ruins para o corpo.
Que isso sirva de alerta para as batatas fritas das redes fast-food e também para aquelas batatas prontas e congeladas que compramos, ou comprávamos, no mercado. Muito prática, mas nada saudável.
Gorduras saturadas, gorduras trans e sódio em excesso
Tudo isso também tem nas batatinhas pré-prontas. Muita gordura saturada engorda e pode provocar problemas no coração, nas artérias e aumentar o colesterol ruim. Aumenta a pressão arterial e é muito boa também para provocar diabetes.
A gordura trans está em muitos produtos industrializados e também se faz presente na batatinha nossa de cada dia. É a vilã da saúde, pois aumenta o colesterol ruim e abaixa o colesterol bom, além de poder causar câncer e problemas cardiovasculares.
O sal é outro mal das batatas fritas congeladas. Ele é um dos conservantes e claro que está presente em grande quantidade. O excesso dele pode provocar aneurisma, insuficiência renal e cardíaca, aumento de pressão arterial, retenção de líquidos, aumenta o risco de infarto, acidente vascular cerebral (AVC), doenças neurológicas e problemas respiratórios.
Agora a escolha é sua, continuar ou não comendo as deliciosas e crocantes batatinhas fritas.
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