É possível engravidar após os 50 anos de idade? Conheça as vantagens e desvantagens

Engravidar tão tardiamente pode ser uma alegria, mas tem riscos sérios que devem ser levados em conta.

Stael Ferreira Pedrosa

Engravidar após os 50 anos, é possível ou não? Esta é uma pergunta que tem crescido à medida em que a mulher se insere cada vez mais no mercado de trabalho, estuda mais e busca estabilidade financeira antes de ter o primeiro filho. Embora teoricamente seja possível engravidar em qualquer idade antes da menopausa, fato é que vai ficando cada vez mais difícil e mais arriscado.

Em 2013, o Conselho Federal de Medicina estabeleceu 50 anos como a idade máxima para engravidar por métodos não naturais. Depois de muita discussão no ano passado, o conselho flexibilizou e deixou para o médico decidir de acordo com o histórico de cada mulher. Agora são os médicos que avaliam cada caso, advertindo as pacientes dos riscos envolvidos que vão de má-formação congênita, passando por hipertensão, diabetes gestacional, parto prematuro e baixo peso do recém-nascido.

A idade fértil situa-se entre 10 e 49 anos. No entanto, as técnicas de reprodução assistida derrubaram esses limites. Mas não todos os riscos, o que levou o Conselho Federal de Medicina a colocar uma idade limite para os tratamentos de fertilidade.

Por quê?

Primeiro porque, como já dito, a gravidez natural aos 50 ou até um pouco mais é possível, mas as chances são pequenas, chegando a menos de 1% de possibilidade. Segundo, mesmo com a fertilização in vitro, a possibilidade não passa de 5%. Excetuando-se os casos em que a mulher já havia congelado os óvulos quando mais jovem, nesse caso as chances aumentam.

Terceiro e não menos importante, todo risco eventual de uma gravidez são possíveis de surgirem quanto mais tardia for a gestação.

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Vantagens

No entanto, existem vantagens como, por exemplo, realizar o sonho de quem encontrou um companheiro mais tardiamente na vida, pode também ser uma renovação da vida, que ganha mais movimento e agita a casa, ou ainda atender o desejo de quem deseja ter mais um filho como foi no caso de Solange Couto – um caso de sucesso em gravidez após os 50 anos – que aos 55 anos deu à luz seu terceiro filho, Benjamin. O caso serviu de incentivo a muitas mulheres que procuraram a atriz para saber detalhes da gravidez e retomar o sonho de uma gravidez ainda que tardia.

Existem também desvantagens

Além do alto risco, pode ser um problema cuidar de uma criança quando já se está numa idade de ser avó. Psicologicamente é comprovada a diminuição da paciência e a tendência a ceder mais facilmente.

Independentemente de vantagem ou desvantagem, ser mãe é um momento único na vida de uma mulher e requer atenção especial à saúde da mamãe e do bebê.

O que fazer se é o seu sonho?

Primeiramente é importante que a saúde da mulher esteja em ótimas condições. Não estar acima do peso é condição primeira. Também não deve ser diabética nem hipertensa.

Além desses critérios, existem outros que somente o médico pode avaliar, mas caso a mulher que deseja engravidar tenha qualquer das morbidades acima, já sabe de antemão que não contará com o aval médico devido ao alto risco que acarreta tal gravidez para mãe e filho. Inclusive mulheres que passam por gravidez de alto risco costumam ligar as trompas.

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Segundo o médico ginecologista da clínica Fecondare, especializada em reprodução humana assistida, Dr. Jean Louis Maillard em artigo no Estadão, a mulher que engravida com mais de 50 anos tem maior risco para as morbidades gestacionais. Por isso, é necessário passar com uma avaliação geral da saúde com um cardiologista antes de tentar qualquer procedimento. Também é recomendado, caso o procedimento resulte em gravidez, um acompanhamento cuidadoso por um ginecologista e ou obstetra do pré-natal, que será de alto risco.

Também é necessário o mesmo acompanhamento para o parto e pós-parto para garantir que não haja nenhum problema tanto para a mãe quanto para o bebê.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.