Meus 10 maiores erros de parentalidade
Uma pessoa inteligente aprende com seus próprios erros, mas uma pessoas sábia também aprende com os erros dos outros.
Dave Willis
Este artigo foi publicado originalmente no blog de Dave Willis e reproduzido com permissão. Traduzido e adaptado por Sarah Pierina.
No dia 23 de abril de 2005, minha vida mudou para sempre. Eu me tornei pai. Até aquele momento, eu tinha muitas ideias de como seria a vida com uma criança, mas nenhuma experiência real. Mal sabia eu que as crianças mudam tudo!
Eu não tinha ideia de quão pouco sabia. Me sentia muito qualificado para ser um pai, porque eu finalmente tinha barba e tinha sido capaz de manter um cachorro vivo e alimentado por vários anos. Pensei que ter um filho fosse relativamente fácil. Eu era ignorante.
Nós passamos por mais nove anos e mais dois filhos desde aquele dia. Minha família é o maior presente que Deus já me deu, e eu não trocaria o dom da paternidade por nada no mundo, mas gostaria que alguém tivesse me dito algumas coisas antes que eu tivesse que aprendê-las da maneira mais difícil.
Cometi muito mais que dez erros como pai, mas por uma questão de tempo, eu destaquei as “10 maiores” duras lições aprendidas na última década nas trincheiras da parentalidade. Espero que isso seja útil para você em sua própria criação de filhos. Aprenda com os meus erros e comece a aplicar essas ferramentas agora mesmo! Uma pessoa inteligente aprende com seus próprios erros, mas uma pessoa sábia também aprende com os erros dos outros.
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1. Aprenda com outros pais, mas não compita com eles
Eu tenho uma veia competitiva em mim, e no início da minha parentalidade (e às vezes até agora) eu tinha problemas pensando que ser um bom pai significava que eu teria que ser melhor que todos os outros pais. Em minha lógica distorcida, eu observava a performance ou comportamentos dos meus filhos e classificava a minha parentalidade com base em como eles pareciam estar em relação a outras crianças. Esta era uma abordagem nociva e autocentrada. Agora, eu tento incentivar outros pais e aprender as melhores práticas deles, mas eu não sinto a necessidade de me comparar ou comparar meus filhos a ninguém (e você também não deve).
2. Tome decisões parentais em parceria completa com seu cônjuge
A maior parte das brigas em nosso casamento se originam diretamente do estresse relacionado à parentalidade e diferença de estilo parental. Eu cometi o erro de tentar desenvolver o meu próprio plano de criação de filhos, independentemente do que Ashley estivesse fazendo. Isso causou inconsistência, frustração, falta de comunicação e pressão desnecessária sobre os nossos filhos e nosso casamento. Agora, eu tento me certificar de que as crianças estejam ouvindo uma mensagem unificada de ambos os pais, em vez de duas mensagens separadas.
3. Não sejam pais de seus filhos, sejam pais de cada filho
Eu tinha uma abordagem que era a mesma para todos os filhos, mas aprendi da maneira mais difícil que ela não funciona. Deus cria cada criança com uma personalidade única, e se tentamos encaixar todas no mesmo molde, vão acabar frustrados. Claro, é necessário que haja regras e normas que se aplicam a todos na família, mas a nossa abordagem com cada criança tem que ser tão única quanto nossos filhos são.
4. Dê as boas-vindas às interrupções
Eu me foco muito em tarefas, então quando começo a fazer algo, eu não gosto de ser interrompido. Meus filhos parecem ter um cronômetro embutido, porque eles esperam até que eu esteja superocupado para quererem brincar ou falar sobre alguma coisa. Isso costumava me frustrar muito, mas estou aprendendo a aceitar. Esses momentos são presentes e o tempo que meus filhos vão realmente querer ficar comigo vai passar rapidamente (logo eles já serão adolescentes)! Eu ainda me perco em meu próprio mundo às vezes, mas eu tento me lembrar que independentemente do que eu estiver fazendo não irá importar daqui a dez anos tanto quanto meu relacionamento com meus filhos.
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5. Aprenda a dizer não
Eu normalmente amo dizer Sim. Eu sou um cara muito agradável e gosto que todos estejam felizes. Essa mentalidade já me colocou em vários apuros como pai, porque eu disse “sim” muitas vezes e isso causou alguns comportamentos negativos em meus filhos. Estou aprendendo o poder e beleza da palavra “não”. É preciso haver um equilíbrio. Não acho que encontrei completamente o equilíbrio, mas estou melhor do que antes.
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6. Continue investindo em seu casamento
Quando o nosso primeiro bebê nasceu, nos sentíamos culpados ao deixá-lo com outras pessoas. Achávamos que éramos pais ruins se investíssemos tempo em nós mesmos. Mas, rapidamente aprendemos que somos pais melhores quando somos cônjuges melhores. Não deixe seu casamento de lado enquanto estiver criando os filhos ou você irá acabar tendo um ninho vazio e um casamento vazio! Dê aos seus filhos a segurança que vem de ver seu pai e mãe em um casamento amoroso e comprometido. Encontre alguma babá boa e use-a frequentemente!
7. Encontre mentores
Deixei que o orgulho me impedisse de pedir ajuda como pai. Eu tinha medo de admitir que não entendia tudo. Quando Ashley e eu começamos a pedir conselhos para casais mais velhos, aprendemos algumas ótimas ferramentas novas de parentalidade e também fizemos novos amigos no processo! Esteja disposto a desenvolver um relacionamento com pais que estão nessa jornada a mais tempo e têm filhos mais velhos que se comportam como você quer que seus filhos se comportem. Pergunte a eles como fizeram isso!
8. Não delegue as coisas importantes
Em nossa cultura, parecemos ter adotado uma atitude passiva em relação à parentalidade onde permitimos que escolas, igrejas e até a TV ensine valores aos nossos filhos. Embora eu apoie ser envolvido em uma igreja (na verdade, eu sou um pastor), e colocar seus filhos em um bom colégio, eu percebi que nós não podemos esperar que instituições ensinem valores aos nossos filhos. Esse é o nosso trabalho como pais. Se você acha que é importante que seu filho saiba algo, então ensine isso a ele e também esteja disposto a ser um exemplo em sua vida.
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9. Dê mais risadas
Acho que eu era muito sério nos primeiros anos. Há definitivamente momentos de parentalidade que requerem seriedade, mas acredito firmemente que as famílias alegres são famílias mais fortes. Eu quero que as risadas sejam a trilha sonora de nosso lar. Eu quero mais momentos em que as crianças tenham refrigerantes saindo de seu nariz porque eles estão rindo demais. Essas são as memórias que durarão e os momentos que unem as pessoas. Promova o riso em sua casa. Torne-a um lugar seguro para ser feliz.
10. Não seja tão duro consigo mesmo
Eu fui duro demais comigo mesmo ao longo dos anos devido aos meus erros parentais. É importante fazer uma autoavaliação honesta e frequente para que você possa continuar a melhorar, mas você tem que estar sempre disposto a tratar a si mesmo com bondade. Você vai errar algumas vezes. Quando você errar, esteja disposto a admitir, aprender com isso e seguir em frente. Acima de tudo, continue amando sua família. No final, o amor vai ser a única coisa que realmente importa.
“Tendo antes de tudo ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados.” I Pedro 4:8