Neurociência: A ciência de enganar o próprio cérebro para alcançar tudo que você deseja

Usando a neurociência, podemos aprender como ensinar nosso cérebro a pensar corretamente, o que pode nos trazer muita alegria e felicidade.

Luiz Higino Polito

A Neurociência, que é o estudo científico do sistema nervoso, diz que podemos fazer nosso cérebro nos ajudar a sermos mais felizes ou mais tristes: a escolha é nossa!

Num excelente artigo da revista Time, que outra revista usou como base, aprendemos alguns “truques” simples para ajudar-nos a nos controlarmos, e a nos sentirmos mais felizes. Como? “Enganandonosso cérebro!

Nossas atitudes podem mudar a maneira como nos sentimos

No artigo citado, Eric Barker, jornalista, entrevistou o pesquisador Alex Korb, que tem pós-doutorado em Neurociência na Universidade da Califórnia. Alex Korb explica como exercícios físicos, músicas e outras coisas simples podem ser usados para deixar nosso cérebro feliz, e, consequentemente, nos tornar mais felizes também.

E, digo eu, podemos usar tais truques para coisas mais complexas também.

Enganando” o nosso cérebro

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Alex Korb ensina que o nosso cérebro nem sempre é muito esperto, e que podemos usar isso a nosso favor. Num processo conhecido como “biofeedback”, o cérebro está sempre procurando por “pistas” provindas das coisas que vemos, ouvimos, sentimos pelo tato e pelo olfato: “Trata-se da ideia de que seu cérebro está sempre ‘sentindo’ o que está acontecendo com seu corpo e revisando a informação para decidir como se sente em relação ao mundo”.

Agora, atenção, pois nisso reside o grande truque: “Quando você se sente feliz você sorri. Mas também funciona de outro jeito: quando você sorri, seu cérebro pode detectar isso e entender ‘Estou sorrindo. Isso quer dizer que estou feliz'”,afirma Alex Korb.

Ora, então quer dizer que podemos mudar nossos sentimentos bombardeando nossa visão, nossos ouvidos, nosso tato e olfato com coisas boas, e isso pode nos fazer mais felizes? Bingo!

Então o que os livros de autoajuda sempre nos disseram é verdade, agora comprovado pela ciência!

Leia: Como aprender a ser uma pessoa positiva e bem-humorada

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Usando a Neurociência para nosso bem

Segundo o artigo, ouvir as músicas de que mais gostamos tem efeito “mágico”: “A música tem a habilidade de nos lembrar de ambientes nos quais ouvimos essa canção. Isso é feito por uma estrutura límbica chamada hipocampo, que é muito importante para o contexto da memória dependente”.

Como num “túnel do tempo”, seremos transportados mentalmente para o lugar e momento em que ouvimos tais músicas. Isso afetará nosso humor para melhor. Experimente!

Outra coisa: já que aprendemos que sorrir pode mandar mensagens para o cérebro de que estamos bem, por que não sorrir muito para que nosso cérebro nos faça sentirmo-nos melhor? Pode ser aquele sorriso de modelo“,ou seja, forçado.

Até usarmos óculos escuros no sol também ajudam. Por quê? Você já notou como franzimos a testa quando o sol atinge nossos olhos? O cérebro pode entender esse gesto como “preocupação”. Os óculos escuros ajudam nosso cérebro a pensar que tudo está bem. “É uma maneira fácil e simples de interromper o processo do feedback. Então sorria. E use óculos escuros“, diz o pesquisador Alex Korb. E não precisa ser óculos de marca, não! Arranje um par de óculos escuros de razoável qualidade, e pare de franzir a testa no sol! E sorria! Seu cérebro ficará feliz e você também!

Pensarmos em metas e objetivos nobres de longo prazo também tem efeitos milagrosos! Isso fará nosso cérebro ter a sensação de que estamos no controle da situação, liberando uma substância chamada dopamina, que nos motivará e nos ajudará a sentirmo-nos melhor. A razão é que “…quando temos a impressão de que tudo está dando errado, não é preciso mudar o mundo, basta mudar a forma como você percebe as coisas a seu redor para gerar um efeito positivo”. E ao pensar em metas a longo prazo, diz Alex Korb, “O cérebro percebe que o esforço é para atingir esse objetivo maior“. E isso nos faz sentir melhor.

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Dormir bem também tem efeito muito bom e saudável. Isso todos já sabíamos, mas a neurociência confirma.

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Expandindo isso para outros desafios que temos na vida

Já que aprendemos que podemos influenciar nosso cérebro de tal forma que ele possa ser nosso amigo, em vez de inimigo íntimo, podemos alcançar outros objetivos, usando essa técnica a nosso favor.

Existe uma técnica e terapia muito usada por alguns psiquiatras, psicólogos, dentistas, e que também é usada e abusada por publicitários, certos líderes religiosos e por muita gente: a hipnose. Nem sempre usam a palavra hipnose, mas a técnica é a mesma.

Eu aprendi hipnose por um motivo de máxima necessidade, quando minha esposa teve grave depressão, lá pelos anos de 2006/2009, e eu já não sabia mais a quem recorrer, pois ela já estava sendo tratada por psiquiatras e psicólogos.

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Orando e pesquisando, senti que deveria estudar hipnose, e foi o que fiz, e ao usá-la, em poucas semanas minha esposa abandonou todos os muitos remédios que tomava, abruptamente, o que me levou até a perguntar para a psiquiatra se isso não era perigoso. A psiquiatra, neste caso, disse que se ela se sentia bem sem os remédios, estava “Tudo OK”.

Já estamos em 2016, e minha esposa nunca mais teve depressão.

Simplificando a hipnose terapêutica ao máximo, trata-se de se obter um relaxamento usando qualquer técnica, e depois de a pessoa estar relaxada, o hipnoterapeuta usará sugestões positivas para inundar o cérebro do enfermo com coisas boas, e também para descobrir causas subconscientes da enfermidade ou hábito ruim que se queira debelar.

Provavelmente, voltarei a esse tema em outros artigos, se eu notar que houve interesse nisso pelos nossos leitores.

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Luiz Higino Polito

Casado, pai de três filhos e avô de quatro netos, estudei oratória e didática. Gosto muito de escrever. Profissionalmente, sou músico e tenho um Sebo Virtual, onde vivo com minha esposa e cercado de livros!