Para a mãe que acabou de ter seu bebê
Sabe aquele sentimento de inadequação? Outras mães já sentiram a mesma coisa.
Michele Coronetti
Quem já foi mãe conhece a confusão de sentimentos que invadem a mulher após dar à luz a um filho. As dúvidas e receios que permaneceram em sua cabeça durante a gestação muitas vezes aumentam de tamanho e ainda sofrem interações de outros setores.
As emoções que invadem o coração de uma mãe, logo após nascer seu bebê, são variadas e costumam ser relacionadas com muitas preocupações:
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Conseguirei amamentar e será o suficiente?
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Saberei discernir se meu bebê estiver doente?
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Será possível conciliar maternidade, deveres da casa e trabalho?
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Serei uma boa mãe?
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Meu corpo voltará ao normal?
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Meu cônjuge ainda me amará?
Os compromissos e a busca de aprovação podem fazer com que as mães se sintam pressionadas e sobrecarregadas. E para deixar ainda mais tensa a fase do puerpério, uma bagunça hormonal ocorre no organismo da nubente. Muitas acreditam que precisam ser fortes e guardam muito de seus sentimentos para si, o que pode pesar muito e causar cansaços. Ao perceber que a lista de tarefas fica imensa à medida que seu bebê vai ganhando peso, um outro sentimento invade: o de acreditar que não conseguirá.
Em outros tempos, as mães contavam com a ajuda de parentes e da comunidade e não era tão cobrada pela sociedade como é hoje. Havia maior compreensão e auxílio, além de muita informação passada de mãe para filha. Nos dias de hoje a mãe da nubente tem dezenas de compromissos e não pode auxiliar todos os dias, o pai da criança precisa voltar ao trabalho em cinco dias e a mãe fica sozinha, buscando orientação em sites e revistas e trocando mensagens para conseguir fazer tudo direito.
A boa notícia é que a fase passa e sempre é vencida com louvor. Por piores que sejam os medos da nova mãe, o bebê cresce e se desenvolve e, mesmo que erros sejam cometidos, eles servirão de aprendizado e progresso para ambos.
A mãe que acabou de ter seu bebê deveria pensar:
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Eu me tornei mãe agora e estou estagiando. Erros serão considerados parte do aprendizado.
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Meu bebê precisa do meu amor e dos meus cuidados tanto quanto eu. Equilibrar e administrar o tempo não será fácil e estou aprendendo.
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As pessoas à volta olham apenas o que querem ver. Independente dos comentários negativos eu me sentirei bem, pois só eu sei do meu esforço para me tornar mãe.
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Pedir ajuda e conselhos não é falta de maturidade. Como sociedade, temos que ajudar uns aos outros.
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Meu corpo mudou bastante, pois estou em outra fase. O amor e compreensão manterão os laços do matrimônio e o esforço pessoal pode ajudar a melhorar o que eu achar que deva. Tudo a seu tempo.
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Todas as mães passam ou já passaram por isso. Elas sabem das dificuldades que acompanham o puerpério e deveriam ter empatia. Talvez algumas não se lembrem mais dessa fase.
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O bebê ficará bem mesmo que eu não possa estar com ele 24 horas por dia. As tarefas podem ser divididas e a responsabilidade com ele não é exclusiva da mãe.
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Conversar sobre as expectativas e as realidades enfrentadas com o cônjuge, pediatra, obstetra, parentes e amigos ajuda a compreender minha função e esclarece muitas ideias que podem ter surgido e que não foram processadas corretamente.
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Quando a mãe que acabou de ter seu bebê consegue relaxar e não se cobrar tanto a vida flui mais naturalmente e seus desafios serão superados um a um. Ela ganha confiança e se sente mais apta para ser mãe, pois entende que está aprendendo e que uma mãe de verdade continuará o aprendizado mesmo que seus filhos já estiverem adultos.