Sair de um erro não precisa ser difícil
Sim, você vai cometer erros. Não, você não tem que chafurdar neles.
Eric Demeter
_Este artigo foi publicado originalmente em Relevant Magazine. Foi reproduzido aqui com permissão do autor Eric Demeter. Traduzido e adaptado por Stael F. Pedrosa Metzger.
No clássico dos anos 80 “De volta para o futuro”, Marty McFly volta no tempo para corrigir os erros de sua família disfuncional. Revelação desmancha-prazer: Ele consegue no último momento, com a ajuda de Christopher Lloyd e da mais legal de todas as máquinas do tempo de Hollywood, o DeLorean.
A franquia é construída em cima de uma ideia simples: não seria bom mudar o passado?
Infelizmente, não há DeLorean que possa alterar os eventos dolorosos que ocorreram há uma década, um ano ou até mesmo há um momento. Com nossos erros não é diferente – uma segunda chance simplesmente não é possível.
Os erros vêm em uma infinidade de formas e tamanhos. Alguns são minúsculos e podem ser facilmente relevados. Outros são épicos e podem produzir pesar por um longo tempo.
Como a tristeza do arrependimento pode se tornar a alegria de uma vida limpa
Mas, a solução não é se fixar neles. Insistir nos erros do passado é muito parecido com mexer-se na areia movediça, o que apenas nos puxa para mais fundo no buraco. O que precisamos é de uma corda sólida para nos içar. Mas em vez disso, muitas vezes ouvimos frases do tipo “Não é nada”, “Sai dessa”, ou “Não se preocupe com isso.”
A lista abaixo não é uma fórmula mágica, mas apenas alguns pontos que servem de apoio para aliviar os nossos erros do passado. Felizmente, esses pilares fornecem o cabo sólido que precisamos para nos libertar da lama que incessantemente busca nos enterrar.
Aceite que você é humano
O primeiro pilar no qual se apoiar é saber que somos todos humanos. Todos nós cometemos erros, eles são inerentes a quem somos. O campo de jogo é nivelado, logo, eis o motivo de falharmos em alcançar algo de certa maneira, forma ou formulário. Alguns de nós, como eu, provavelmente, ainda tem um especial “erros de gravação” no céu. Seja qual for a gravidade, no entanto, todos podemos nos relacionar com erros.
Felizmente, Deus nos permite encontrar outros imperfeitos na vida real com quem podemos nos relacionar. O Apóstolo Pedro negou Jesus três vezes em público, mas, em seguida, tornou-se um patriarca da fé. Lemos também sobre um filho pródigo em Lucas 15 que abominavelmente gasta a herança que seu pai lhe deu. A história termina com ele voltando para casa para um pai muito feliz que o recebe de braços abertos. Como o livro de Romanos declara: “Não há justo, não, nem um sequer”.
Saber que a punição já foi paga
Eu sou grato por Jesus ter nascido como um ser humano e entender as nossas fraquezas. Nem todos os erros são pecados, mas todos os pecados são erros. Naquilo em que temos diretamente ofendido a Deus, Jesus morreu por isso, pelo que você fez ou deixou de fazer. E através de sua morte e ressurreição, a nossa identidade de “pecador humano” é anulada por uma nova identidade: “filho redimido de Deus.”
Devido a esta nova filiação, não há necessidade de continuarmos a torturar-nos. Jesus já suportou a dor e sofrimento final, para que não precisássemos passar por isso. Quando foi pregado numa cruz romana, Jesus tomou todos os nossos pecados e erros – grandes e pequenos, passados, presentes e futuros.
Entenda por que Deus quer nos perdoar
Saia da perdição e aceite o perdão. Então (e isso pode ser difícil, mas é possível), perdoe a si mesmo.
Guarde a lição, jogue fora o fardo
Quem vendeu-nos a mentira de que precisamos nos debruçar sobre os nossos erros? Pelo contrário, a nossa saúde mental se beneficiaria muito se de verdade, os esquecêssemos. Isso, certamente, não significa negar as partes vergonhosas da nossa história. Significa apenas que seu poder negativo não pode nos manter presos. Então podemos escolher quando dar ou não atenção aos erros passados.
Este processo é semelhante a mergulhar em busca de um tesouro. Nadamos até o navio deteriorado em busca de artefatos significativos. Quando encontramos relíquias preciosas (lembranças), podemos de bom grado levá-las conosco. Mas quando encontramos coisas inúteis e oxidadas, somos livres para deixá-las para trás. Na verdade, deixá-las para se desfazerem. Se o fizermos, o impacto emocional negativo de nossos erros desaparecerá ao longo do tempo.