Garota de 11 anos sofre ameaça de amiga para não dormir em festa do pijama; ela acorda para viver um terrível pesadelo
A história desta menina e outros riscos sérios podem fazer você repensar as festas do pijama.
Wendy Jessen
A maioria de nós se lembra de ter passeado com os amigos no shopping, conversado por telefone durante horas (o que foi praticamente substituído por mensagens de texto) e ido a festas do pijama. Embora fosse muito divertido, às vezes as festas do pijama ou outras atividades se revelavam perigosas ou prejudiciais.
Festa do pijama perigosa
Para uma garota de 11 anos, uma aparentemente inocente festa do pijama se tornou violenta em agosto deste ano. Jamoneisha Merritt sofreu queimaduras de segundo grau no rosto e ombros depois que sua amiga de 12 anos derramou água fervente sobre ela enquanto dormia, de acordo com o New York Daily News.
A amiga de 12 anos avisou Jamoneisha para não dormir depois que as duas tiveram uma discussão. A prima da vítima, Yolanda Richardson, contou: “Ela disse que se ela fosse dormir, elas iriam fazer algo com ela”. A garota acordou gritando de dor e foi internada às pressas na ala de queimados em um hospital do Bronx, em Nova Iorque.
Pode parecer exagero usar este caso contra festas do pijama, mas, talvez não seja tanto exagero assim.
Os riscos das festas do pijama
1. Bullying
Assim como na história de Jamoneisha, pode ocorrer e ocorre bullying em festas do pijama. Uma criança pode pensar que o grupo ou uma pessoa finalmente quer ser sua amiga, mas, na verdade, é apenas um artifício para deixá-la encurralada em uma situação em que pode ocorrer bullying de forma mais intensa.
2. Intimidades
Podem ocorrer beijos na boca entre crianças do mesmo sexo, do sexo oposto e, sim, entre primos. Talvez as intimidades possam não parecer tão graves à primeira vista, mas podem levar a experiências ou comportamentos arriscados. O melhor lugar para aprender sobre beijos e sexualidade é em casa, não em uma festa do pijama.
3. Pornografia
A pornografia pode ser particularmente nociva para crianças e adolescentes, já que suas mentes ainda estão se desenvolvendo.
Will Odom, do The Humbled Homemamer, recorda-se que sua primeira experiência com pornografia foi em uma noite do pijama, depois que os pais de seu amigo foram dormir. Embora soubesse que era errado, ele tinha medo de parecer um “bebê”, então, ele simplesmente cedeu.
4. Abuso sexual
Pode acontecer abuso sexual, não importa a frequência com que você diga a seus filhos que não deixem ninguém tocar suas partes íntimas. Pode ocorrer enquanto estão dormindo ou acordados. Amigos, irmãos de amigos, pais ou outros podem ser abusadores.
Ainda que você os tenha treinado sobre o que fazer se ocorrer abuso sexual, a maioria das crianças não vai contar nada por medo. Um artigo publicado no site Free Range Kids afirma: “As estatísticas mostram que é muito improvável que uma criança realmente vá ligar pedindo ajuda, mesmo depois de ter sido orientada por seus pais a fazer isso. Mas, mesmo se a criança ligasse, o abuso já teria ocorrido!”
Depois que o abuso sexual acontece, mesmo que o abuso propriamente dito já tenha cessado, a cura leva uma vida inteira para ocorrer e tem efeitos duradouros. Não vale a pena correr o risco por uma festa do pijama.
5. Outras traquinagens
Mesmo as crianças mais bem-comportadas já cederam à pressão do grupo. Saídas às escondidas, consumo de álcool, cigarro, drogas, vandalismo, roubo e troca de mensagens com teor sexual são mais prováveis de acontecer durante uma festa do pijama. As crianças têm a noite toda e estão em busca de diversão, e ideias “inocentes” podem se tornar perigosas e arriscadas.
Independentemente de você permitir ou não noites do pijama, nenhum pai ou mãe deveria ignorar as situações muito reais e assustadoras que podem acontecer. Será que vale a pena arriscar a segurança do seu filho? Vale a pena um arrependimento potencial? Isso é mais do que perder o sono e se esbaldar até tarde da noite; é um potencial para danos físicos, emocionais e mentais a longo prazo.
Como alternativa, deixe as crianças brincarem até tarde. Permita que elas fiquem com os amigos até determinada hora e depois voltem para casa para dormir. Afinal, nada de bom acontece na madrugada. E sim, ainda precisamos conversar com nossos filhos sobre segurança e bullying, mas não precisamos colocá-los em risco.
Traduzido e adaptado por Erika Strassburger do original 11-year-old girl’s friend threatens her not to fall asleep at a sleepover; she wakes up to a living nightmare.