Hiperêmese gravídica afeta 5% das grávidas. Enjoo constante é um dos sintomas

Enjoo no início da gravidez é algo comum e muito desagradável. Existem mães que sofrem enjoos muito fortes e sem interrupções ao longo do dia.

Michele Coronetti

Para as gestantes, sentir enjoo pode parecer algo comum. Muitas até desconfiam que estão grávidas porque ficaram enjoadas. Porém, para algumas gestantes, o enjoo é tão frequente e intenso que acaba sendo um incômodo que pode prejudicar a mãe e o bebê.

O principal causador dos enjoos são os hormônios que estão oscilando no período gravídico. A diminuição dos sintomas ocorre normalmente quando o organismo se acerta com a novidade, por volta da décima segunda semana de gestação. Há casos em que as mulheres têm tanto enjoo que não conseguem ingerir absolutamente nada.

Atingindo por volta de 5% das gestantes, a hiperêmese gravídica pode levar sua vítima à internação para receber líquidos e conservar a integridade da mãe e do bebê, já que por ingestão normal a alimentação muitas vezes não se torna possível. Algumas até conseguem ficar de repouso em casa ingerindo alimentos mornos, ácidos e pouco gordurosos, além de sucos de frutas cítricas, mas nem sempre é possível.

Segundo declaração de obstetras em uma notícia, as mulheres podem sofrer essas alterações tanto por questões hormonais como psicológicas. O que acontece é que o estômago fica com a sensação de estar sempre cheio e o organismo rejeita qualquer ingestão.

Frutas cítricas são melhor aceitas pelo organismo assim como os carboidratos de fácil digestão, como o macarrão. Iogurtes, carnes brancas e magras, folhosos verde-escuros também são mais bem tolerados. Porém, nem sempre a gestante que sofre com a hiperêmese gravídica consegue se alimentar, apesar dos alimentos serem mais bem tolerados.

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Estudos apontam para disposição de ter hiperêmese gravídica, mulheres com histórico familiar (mães, avós tiveram o mesmo problema), gestação de gemelares ou ainda doenças como diabetes, hipertireoidismo ou distúrbios psiquiátricos anteriores.

A gravidade para quem não consegue cuidar através de internação ou repouso e mudanças alimentares pode levar a gestante a perder peso, desidratar, abrir espaço para disfunções hepática ou renal e ainda correr o risco de abortar.

Medicamentos específicos serão ministrados juntamente com o soro para quebrar o ciclo da desidratação que causa maior enjoo a cada perda de líquidos. Por isso é muito importante que a gestante relate a seu obstetra como está sendo seu sofrimento com os enjoos para que ele possa avaliar da melhor forma e evitar que complicações ocorram.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.