Casar aumenta as chances de sobreviver a um infarto

Doenças cardíacas podem ser menos fatais para aqueles que possuem um amor verdadeiro.

Michele Coronetti

O casamento traz muitos desafios e também muitas alegrias. As desvantagens de ser casado são grandemente apontadas pelos solteiros ao mesmo tempo que as vantagens são exaltadas pela medicina e psicologia. A vida conjugal, mesmo que desafiadora, é excelente para o crescimento e felicidade individual.

Um estudo com mais de 900 mil pessoas deixou claro que os benefícios de ser casado vão muito além do psicológico e sentimental. Ele provou que a chance de sobreviver a um infarto é 14% maior entre as pessoas casadas do que entre as sozinhas.

A pesquisa também procurou saber quais eram as chances de resistência entre os casados com as doenças relacionadas ao coração e foi concluído que elas têm 14% mais chances de sobreviver ao diabetes, 10% de pressão alta e 16% de colesterol elevado.

Mas, de que forma um casamento pode diminuir as chances de infarto em um indivíduo? Segundo o médico responsável pelo estudo, Paul Carter, o apoio oferecido pelo cônjuge, tanto físico quanto emocional, ajuda a mudar o comportamento quando ele sofre de doenças bem como a seguir os tratamentos de maneira mais regrada. O apoio para lidar com o problema também é fundamental para que a pessoa insista no tratamento.

Na contramão, o divórcio derruba as chances de sobrevivência de pessoas com doenças cardíacas. O mesmo acontece com pessoas que têm um relacionamento, mas que não estão satisfeitas. Por isso é importante que o casal mantenha o foco no relacionamento cuidando um do outro.

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Pessoas sozinhas podem se cuidar e manter as prescrições, além de seguir os conselhos médicos para que a saúde se mantenha estável. Ter alguém da família que se preocupa ajuda a fortalecer a decisão de cuidar da doença e manter os medicamentos em dia além de evitar a depressão.

Outro vilão também conhecido por prejudicar a saúde cardíaca do indivíduo, o cortisol, hormônio do estresse, apresenta menores índices entre as pessoas casadas do que nas divorciadas, solteiras ou viúvas. É normal ocorrer um pico do hormônio nas pessoas pela manhã e ver sua diminuição ao longo do dia. Um estudo mostrou que entre pessoas casadas a redução é mais rápida, atenuando as chances de infarto.

Outras doenças e inflamações do organismo, inclusive possibilidades cancerígenas, podem acometer o indivíduo com altos índices de cortisol ao longo do dia. Para os casados isso será mais difícil de ocorrer.

É claro que apenas ser casado e contar com os cuidados do cônjuge não tornarão um cardíaco saudável. Para quem tem problemas com pressão alta, diabetes ou colesterol ruim elevado algumas atitudes podem ajudar ainda mais a garantir mais tempo de sobrevivência ao lado da pessoa querida de quem o apoio é recebido:

Caminhadas vigorosas

de pelo menos 30 minutos. Quando o médico permite este exercício ele pode ser feito ao lado do cônjuge e garantirá mais vigor, perda do peso excessivo, fortalecimento muscular e maior disposição.

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Alterações alimentares

como a diminuição do sal e das gorduras em geral. Para diabéticos a eliminação total de açúcares e atenção aos carboidratos, aumento da ingestão de frutas, verduras e legumes, além de preferir os alimentos preparados em casa com temperos naturais, sempre seguindo as orientações do médico ou nutricionista.

Exames frequentes

para avaliação e alterações que talvez sejam necessárias a fim de manter a saúde e o equilíbrio.

Contar com o apoio e cuidados do cônjuge, além de procurar manter o tratamento e as atitudes saudáveis, permitirão que os sustos envolvidos com o coração sejam postergados.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.